Comunicação Assertiva: Expressando Suas Necessidades com Respeito

Comunicação Assertiva: Expressando Suas Necessidades com Respeito

A comunicação é a base de todas as nossas relações, mas nem sempre conseguimos nos expressar de forma clara e respeitosa, o que pode gerar mal-entendidos e conflitos. A comunicação assertiva é uma habilidade que nos permite defender nossos direitos e expressar nossos pensamentos, sentimentos e crenças de maneira honesta, direta e apropriada, sem violar os direitos dos outros.

O que é Comunicação Assertiva?

A assertividade não é sobre ser agressivo ou passivo. É sobre encontrar um equilíbrio, expressando o que você precisa e sente de forma clara, enquanto considera e respeita as perspectivas e os direitos dos outros. É uma forma de se comunicar que promove o respeito mútuo e a resolução construtiva de problemas.

Pilares da Comunicação Assertiva

Como Praticar a Assertividade

  1. Observação Factual: Descreva a situação de forma objetiva, sem julgamentos ou interpretações. Foque nos fatos concretos. Por exemplo, em vez de “Você é sempre atrasado”, diga “Percebi que você chegou 15 minutos depois do horário combinado nas últimas três reuniões”.
  2. Expressão de Sentimentos: Identifique e expresse o sentimento que a observação gerou em você. Use “Eu sinto…” para assumir a responsabilidade pela sua emoção. Por exemplo, “Eu me sinto frustrado(a)” ou “Eu fico preocupado(a)”.
  3. Identificação de Necessidades: Conecte seu sentimento a uma necessidade ou valor seu que não está sendo atendido. Por exemplo, “…porque eu tenho a necessidade de pontualidade para organizar meu tempo” ou “…porque preciso de mais colaboração no projeto”.
  4. Pedido Claro e Específico: Faça um pedido direto, específico e positivo sobre o que você gostaria que acontecesse. Evite rodeios ou suposições. Por exemplo, “Gostaria que você chegasse no horário nas próximas reuniões” ou “Você poderia me ajudar a organizar esta tarefa?”.

A Importância da Escuta Ativa

A comunicação assertiva também envolve ouvir o outro com atenção plena. Tente compreender a perspectiva do outro, seus sentimentos e necessidades, mesmo que você não concorde. Essa escuta ativa demonstra respeito e abre caminho para um diálogo mais produtivo.

Comunicação Assertiva na Prática: Exemplos

No Contexto de Trabalho:

Com Assertividade: Um gestor recebe uma bronca do superior e sente a frustração. Ao invés de descontar no subordinado, ele se acalma, processa a emoção e, ao conversar com a equipe, diz: “Recebemos um feedback sobre o prazo do projeto. Eu me sinto preocupado com o impacto disso na nossa entrega final, pois preciso garantir a qualidade do nosso trabalho. Gostaria que, a partir de agora, todos revisassem os prazos com mais atenção para que possamos evitar futuros atrasos.”
Sem Assertividade: O gestor, frustrado, chega para o subordinado e diz de forma agressiva: “Você não faz nada direito! Por sua causa, levei uma bronca. É sempre a mesma coisa!” ou, de forma passiva, não diz nada, mas demonstra irritação, deixando o subordinado confuso e desmotivado.

No Dia a Dia e Rotina:

Com Assertividade: Você chega em casa após um dia estressante e, ao ver um prato quebrado, sente a raiva subir. Em vez de explodir, você respira e diz ao parceiro(a): “Quando vi o prato quebrado, me senti frustrado(a), porque preciso que a casa esteja organizada para me sentir tranquilo(a). Você poderia ter mais cuidado com a louça?”
Sem Assertividade: Você explode: “Você nunca presta atenção! Quebrou o prato de novo!” ou, de forma passiva, não diz nada, mas fica remoendo a raiva, gerando ressentimento e tensão no relacionamento.

Desenvolvendo a Prática

  • Autoconhecimento: Entenda seus próprios sentimentos e necessidades antes de tentar expressá-los.
  • Prática Consciente: Comece a aplicar a assertividade em situações de menor risco e vá aumentando gradualmente.
  • Respeito Mútuo: Lembre-se que o objetivo é a comunicação eficaz, não a vitória em uma discussão.
Aviso Importante: Este artigo tem finalidade exclusivamente educativa. As técnicas aqui descritas são ferramentas de apoio e não substituem o acompanhamento profissional quando necessário. Cada indivíduo é único, e é importante adaptar essas estratégias às suas necessidades específicas.
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